(Revista Tempo Brasileiro, 26-27)
O tema da vanguarda, equilibrado perigosamente na dialética do tempo, está no centro de toda e qualquer reflexão sobre a arte hoje. Daí a necessidade de colocá-lo em questão. É o que fazemos neste número, arrancando de um texto já clássico de Walter Benjamin sobre a modernidade, onde o malogrado pensador de Frankfurt, recolhendo a lição que Baudelaire deixou gravada no pórtico da estética moderna, desenha o percurso inicial da alegoria vanguardista, este entrelaçamento tenso de antiguidade e modernidade. Partir dele significa também entender o novo como renovado e a tradição como criação.
Tempo Brasileiro recorreu à colaboração diversificada − diferentes ângulos de abordagens ou compromissos ideológicos – de pesquisadores do moderno, do novo, do possível. E acredita haver elaborado um documento tão palpitante quanto útil
Ano: 1971 (janeiro-março)
Autores: Walter Benjamin, Anatol Rosenfeld, Ferreira Gullar, Haroldo De Campos, Sebastião Uchoa Leite, Mário Chamie, José Guilherme Merquior, Eduardo Portella, Hans Magnuns Enzensberguer.
Páginas: 112